Este estudo, inserido na linha de pesquisa Escolas de Enfermagem na Sociedade Brasileira, tem como objetivo discutir as relações entre o ingresso e a evasão de freiras na EEAN nas gestões de enfermeiras norte-americanas e brasileiras na direção dessa Escola. O recorte temporal compreende o período 1923-1942. A metodologia utilizada foi a qualitativa. As fontes primárias incluíram documentos do Centro de Documentação da EEAN, como: dossiês de alunas e diretoras; e as secundárias, bibliografias referentes à história da enfermagem é ao contexto sócio-histórico da época. Os achados demonstraram que de 1923 a 1931, a Escola não contou com Religiosas em seu quadro de alunas; as três primeiras freiras ingressaram no Curso na gestão da primeira diretora brasileira (1931-1933), mas não chegaram a se diplomar; na segunda gestão de Bertha Pullen, enfermeira norte-americana (1934-1938), não houve ingresso de Religiosas na Escola; em 1939, na gestão da segunda diretora brasileira, ingressaram dez freiras que se formaram em 1942. Os resultados evidenciaram que apesar dessas freiras declararem ser a profissão sublime, nobre e bela, dando-lhes a possibilidade de praticar a caridade, confortando e aliviando os sofrimentos físicos e morais e apesar de recebido tratamento especial, o cotidiano de uma escola de enfermagem, leiga ou não, atraiu ou não favoreceu a permanência de Religiosas no Curso. Além disso, levanta-se a questão da possível interferência da religião protestante professada pelas enfermeiras norte-americanas, na disposição dessas Religiosas católicas freqüentarem a Escola.

This study aims to discuss the relation between the entry and the evasion of nuns at EEAN when North-American and Brazilian nurses directed the School from 1923 to 1942. It is inserted in the research "Schools of Nursing in Brazilian Society". The qualitative methodology was used. The primary sources included documents from the EEAN's Documents Centre as students and principals' dossiers. The secondary sources included bibliographic research on history of nursing and the social and political context of this period. The results show: there aren't any nuns as students at School from 1923 to 1931; the first three nuns came to School with the first Brazilian principal (1931-1933); there aren't any nuns when Bertha Pullen was principal for the second time; in 1939, during the management of the second Brazilian principal, teen nuns began to attend the course and obtained an academic degree in 1942. Although the nuns had declared it was a sublime and noble profession, leading to the practice of charity and bringing comfort and relief to moral and physical suffering, although they was kindly treated, the routine of a lay school of nursing did not attract or allow the permanence of nuns in the course. It can be also questioned if the protestant North-American nurses interfered in the nuns' diposition to attend the School

Este estudio, añadido en la linea de pesquisa de las Escuelas de formación de enfermeras de la sociedad brasileña, tiene como objetivo discutir las relaciones entre el ingreso y la evasión de monjas en la EEAN durante la gestión de enfermeras norteamericanas y brasileñas en la dirección de esa Escuela. El tiempo comprende el periodo de 1923-1942. La metodologia utilizada fue la cualitativa. Las fuentes primárias incluyeron documentos del Centro de Documentación de la EEAN, como: registro de las alumnas y directoras, y las secundárias, bibliografia de la história de la enfermería y al contexto socio-económico de la época. Los documentos encontrados demuestran que: - de 1923 a 1931, la Escuela no contó con monjas en su cuadro de alumnas; - las tres primeras monjas ingresaron en el curso de la gestion de la primera directora brasileña (1931-1933), pero no llegaron a diplomarse; - en la segunda gestión de Bertha Pullen, enfermera norteamericana (1934-1938), no hubo ingreso de religiosas en la Escuela; - en 1939, en la gestión de la segunda directora brasileña, ingresaron diez monjas que se formaron en 1942. Los resultados evidenciaron que, además de esas monjas, declararen ser la profesión sublime, noble y bella, les dando la posibilidad de practicar la caridad, sanando los sufrimientos físicos y morales y además de esto tengan ellas recibido tratamiento especial de una escuela de formación de enfermeras no religiosa, su rutina no dió la oportunidad de la permanencia de Religiosas en el Curso. Sin embargo, se levantó la cuestión de la posible interferencia de la religiosidad protestante de las enfermeras norteamericanas, en la disposición de esas Religiosas católicas frecuentaren la Escuela.