Itinerary of children with microcephaly in the health care network
Itinerario de los ninõs con microcefalia en la red de atencion de salud
Itinerário da criança com microcefalia na rede de atenção à saúde a
Rafaella Karolina Bezerra Pedrosa; Anna Tereza Alves Guedes; Anniely Rodrigues Soares; Elenice Maria Ceccheti Vaz; Neusa Collet; Altamira Pereira da Silva Reichert
Abstract
Objectives: To investigate the therapeutic itinerary of children with Zika-associated microcephaly in the health care network; and describe the experience of mothers concerning the itinerary taken to treat their children.
Method: This study was guided by Thematic Oral History, conducted in a philanthropic public institution in João Pessoa, PB, Brazil. Ten mothers of children with microcephaly were interviewed from April to August 2017. The empirical material was subjected to thematic content analysis.
Results: Health professionals have difficulty diagnosing children with microcephaly, and they are not prepared to inform parents, compromising the therapeutic itinerary of these children. The experiences of mothers seeking treatment for their children are marked by stress, fear, disappointment caused by fragile family support network. This results in maternal overload.
Conclusion and implications for the practice: The restructuring of the flows and counterflows of the Health Care Network for children with microcephaly and their families becomes essential, as well as the strengthening of the support network for mothers.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivos: investigar o itinerário terapêutico de crianças com microcefalia associada ao Zika na rede de atenção à saúde; e descrever a vivência das mães em relação ao itinerário percorrido para o tratamento de seus filhos.
Método: Estudo norteado pela História Oral Temática, realizado em instituição pública filantrópica do município de João Pessoa-Paraíba. Foram entrevistadas dez mães de crianças com microcefalia entre abril e agosto de 2017. O material empírico foi submetido à análise de conteúdo temática.
Resultados: Os profissionais de saúde têm dificuldade para definir o diagnóstico de crianças com microcefalia, e se encontram despreparados para informá-lo aos pais, comprometendo o itinerário terapêutico dessas crianças. As experiências das mães em busca de tratamento para seus filhos são marcadas por estresse, medo, decepção e pela frágil rede de apoio familiar, resultando em sobrecarga materna.
Conclusão e implicações para a prática: A reestruturação dos fluxos e contrafluxos da Rede de Atenção à Saúde às crianças com microcefalia e seus familiares torna-se imprescindível, assim como, o fortalecimento da rede de apoio às mães.
Palavras-chave
Referências
1 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Informe epidemiológico nº 44: Semana Epidemiológica (SE), 52/2017: monitoramento dos casos de microcefalia no Brasil [Internet]. Brasília; 2018 [citado 2018 mar 10]. Disponível em:
2 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Brasil adota recomendação da OMS e reduz medida para microcefalia [Internet]. Brasília; 2016 [citado 2019 out 12]. Disponível em:
3 World Health Organization. Microcephaly [Internet]. Genebra; 2018. [citado 2019 jan 10]. Disponível em:
4 Satterfield-Nash A, Kotzky K, Allen J, Bertolli J, Moore CA, Pereira IO et al. Health and development at age 19-24 months of 19 children who were born with microcephaly and laboratory evidence of congenital zika virus infection during the 2015 zika virus outbreak - Brazil, 2017. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2017 Dec 15;66(49):1347-51.
5 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de estimulação precoce: crianças de zero a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia [Internet]. Brasília; 2016 [citado 2018 out 18]. Disponível em:
6 Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família [Internet]. Brasília; 2012 [citado 2018 jul 19]. Disponível em:
7 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika [Internet]. Brasília; 2016. [citado 2018 maio 25]. Disponível em:
8 Gerhardt TE. Itinerários terapêuticos em situações de pobreza: diversidade e pluralidade. Cad Saude Publica. 2006;22(11):2449-63.
9 Martins PV, Iriart JAB. Itinerários terapêuticos de pacientes com diagnóstico de hanseníase em Salvador, Bahia. Physis. 2014;24(1):273-89.
10 Cecilio LCO, Carapinheiro G, Andreazza R, Souza ALM, Andrade MGG, Santiago SM et al. O agir leigo e o cuidado em saúde: a produção de mapas de cuidado. Cad Saude Publica. 2014;30(7):1502-14.
11 Cerqueira MMF, Alves RO, Aguiar MGG. Experiences in the therapeutic itineraries of mothers of children with intellectual disabilities. Cien Saude Colet. 2016;21(10):3223-32.
12 Mendonça AKRH, Lima SO. Neurological impairment of the monozygotic twins with congenital infection presumed by Zika virus: case report. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2018;18(1):247-52.
13 Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: HUCITEC; 2014.
14 Meihy JCSB, Holanda F. História oral: como fazer, como pensar. São Paulo: Contexto; 2011.
15 Tavares TS, Duarte ED, Sena RR. Social rights of children with chronic conditions: a critical analysis of brazilian public policies. Esc Anna Nery. 2017;21(4):e20160382.
16 Silva MEA, Moura FM, Albuquerque TM, Reichert APS, Collet N. Network and social support in children with chronic diseases: understanding the child’s perception. Texto Contexto Enferm. 2017;26(1):e6980015.
17 Figueiredo SV, Sousa ACC, Gomes ILV. Children with special health needs and family: implications for Nursing. Rev Bras Enferm. 2016;69(1):79-5. PMid:26871220.
18 Corrêa VAF, Acioli S, Mello AS, Dias JR, Pereira RDM. Projeto Terapêutico Singular: reflexões para a enfermagem em saúde coletiva. Rev Enferm UERJ [Internet]. 2016; [citado 2018 abr 22];24(6):e26309. Disponível em:
19 Silva JAM, Peduzzi M, Orchard C, Leonello VM. Interprofessional education and collaborative practice in Primary Health Care. Rev Esc Enferm USP. 2015;49(2):16-24.
20 Nóbrega VM, Silva MEA, Fernandes LTB, Viera CS, Reichert APS, Collet N. Chronic disease in childhood and adolescence: continuity of care in the Health Care Network. Rev Esc Enferm USP. 2017;51(0):e03226.
21 Duarte ED, Silva KL, Tavares TS, Nishimoto CLJ, Silva PM, Sena RR. Care of children with a chronic condition in primary care: challenges to the healthcare model. Texto Contexto Enferm. 2015;24(4):1009-17.
22 Coelho APC, Larocca LM, Chaves MMN, Felix JVC, Bernardino E, Alessi SM. Healthcare management of tuberculosis: integrating a teaching hospital into primary health care. Texto Contexto Enferm. 2016;25(2):e0970015.
23 Barros SMB, Monteiro PAL, Neves MB, Maciel GTS. Fortalecendo a rede de apoio de mães no contexto da síndrome congênita do vírus Zika: relatos de uma intervenção psicossocial e sistêmica. Nova Perspect Sist. 2017;26(58):38-59.
24 Salvador MS, Gomes GC, Oliveira PK, Gomes VLO, Busanello J, Xavier DM. Strategies of families in the care of children with chronic diseases. Texto Contexto Enferm. 2015;24(3):662-9.
25 Santos MA, Alves RCP, Oliveira VA, Ribas CRP, Teixeira CRS, Zanetti ML. Social representations of people with diabetes regarding their perception of family support for the treatment. Rev Esc Enferm USP. 2011;45(3):651-8.
26 Elias ER, Murphy NA. Home care of children and youth with complex health care needs and technology dependencies. Pediatrics. 2012;129(5):996-1005.
27 Polita BN, Tacla MTGM. Network and social support to families of children with cerebral palsy. Esc Anna Nery. 2014;18(1):75-81.
Submetido em:
06/09/2019
Aceito em:
08/01/2020