Being a father of a premature newborn at neonatal intensive care unit: from parenthood to fatherhood
Cómo ser padre de un recién-nascido prematuro en una unidad neonatal de cuidados intensivos: de la distancia del parentesco a la paternidad
Ser pai de recém-nascido prematuro na unidade de terapia intensiva neonatal: da parentalidade a paternidade
Rachel Leite de Souza Ferreira Soares; Marialda Moreira Christoffel; Elisa da Conceição Rodrigues; Maria Estela Diniz Machado; Adriana Loureiro da Cunha
Abstract
Objective: To understand the meanings given by the father to having a premature in a Neonatal Intensive Care Unit.
Methods: Qualitative study with an ethnographic approach, carried out in a Neonatal Unit in Rio de Janeiro. Twenty two fathers whose premature children were in the intensive care unit have been interviewed. Data were collected with field logbook, participative observation and unstructured interviews.
Results: The father has a fundamental role in the reproductive process, and protects women during pregnancy and postpartum. He also experiences high satisfaction with the childbirth, however, having a newborn hospitalized is an unexpected and difficult experience.
Conclusion: Fathers evidently go through a social and cultural transition as to paternity, having timidly overcome the hegemonic model. At the same time, they understand their fundamental role as providers and showed a wish to be looking after their child. Health care professionals must facilitate this proximity to value paternity.
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: Compreender os significados atribuídos pelo pai ao ter um filho prematuro internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Métodos: Estudo qualitativo com abordagem etnográfica realizado em uma unidade neonatal no Rio de Janeiro. Foram entrevistados 22 homens pais que tinham o filho prematuro internado. Os dados foram coletados por meio de diário de campo, observação participante e entrevista semiestruturada.
Resultados: O pai desempenha papel fundamental durante o processo reprodutivo. Coloca-se como protetor da mulher na gestação e puerpério e vivencia intensa realização ao nascimento, mesmo que prematuramente. Entretanto, ter um filho prematuro internado seja uma experiência inesperada e difícil.
Conclusão: Os pais demonstraram viver a transição social e cultural da paternidade, com superação ainda tímida do modelo hegemônico. Ao mesmo tempo, entendem seu papel fundamental de provisão financeira e demonstram desejo em cuidar do seu filho. Os profissionais de saúde devem proporcionar essa aproximação para fortalecimento da paternidade.
Palavras-chave
References
Organização das Nações Unidas - ONU. Texto Integral do Relatório da Conferência Internacional Sobre População e Desenvolvimento. Cairo(EGY): ONU; 1995.
Ministério da Saúde (BR). Política nacional de atenção Integral à saúde do homem: Princípios e Diretrizes. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008.
Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (RJ). Unidade de Saúde Parceira do Pai. Rio de Janeiro (RJ): Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; 2009.
Freitas WM, Coelho EAC, Silva ATMC. Sentir-se pai: a vivência masculina sob o olhar de gênero. Cad. Saude Pubica.2007 jan;23(1):137-45.
Genesoni L, Tallandini MA. Men's psychological transition to fatherhood: An analysis of the literature, 1989-2008. Birth. 2009 dec;36(4):305-18.
Souza CLCBI, Silvia PC. Paternidade contemporânea: levantamento da produção acadêmica no período de 2000 a 2007. Paidéia. 2009 jan/abr;19(42):97-106.
Freitas WMF. Silva ATMC, Coelho EAC, Guedes RN, Lucena KDTL, Costa APT. Paternidade: responsabilidade social do homem no papel de provedor. Rev. Saúde Pública. 2009 fev;43(1):85-90.
Krob AD, Piccinini CA, Silva MR. A transição para a paternidade: da gestação do segundo mês de vida do bebê. Psic.-USP. 2009 abr/jun;20(2):269-91.
Kruel CS, Lopes RCS. Transição para a parentalidade no contexto de cardiopatia congênita do bebê. Psic.: Teor. e Pesq. 2012 jan/mar;28(1):35-43.
Ministério da Saúde (BR). Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: Método Canguru. 2ª ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2011.
Garten L, Nazary L, Metze B, Buhrer C. Pilot study of experiences and needs of 111 fathers of very low birth weight infants in a neonatal intensive care unit. J Perinatol. 2013 jan;33(1):65-9.
Nogueira JRDF, Ferreira M. O envolvimento do pai na gravidez/parto e a ligação emocional com o bebé. Rev. Enf. Ref. 2012 dez;3(8):57-66.
Oliveira RC. O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever. In: O trabalho do Antropólogo. 3ª ed. São Paulo: Unesp; 2006.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec; 2012.
Hollywood M, Hollywood E. The lived experiences of fathers of a premature baby on a neonatal intensive care unit. Journal of Neonatal Nursing. 2011 Feb;17(1):32-40.
Feeley N, Waitzer E, Sherrard K, Boisvert L, Zelkowitz P. Fathers' perceptions of the barriers and facilitators to their involvement with their newborn hospitalized in the neonatal intensive care unit. J Clin. Nurs. 2013 Feb;22(3-4):521-30.
Perdomini FRI, Bonilha ALL. A participação do pai como acompanhante da mulher no parto. Texto Contexto Enferm. 2011 set;20(3):445-52.
Schmidt KT, Sassá AH, Veronez M, Higarashi IH; Marcon SS. The first visit to a child in the neonatal intensive care unit: parents perception. Esc. Anna Nery. 2012 Jan./Mar.;16(1):73-81.
Submitted date:
03/25/2014
Accepted date:
05/05/2015